O que faz uma administradora de consórcios?

O que faz uma administradora de consórcio

Cérebro por trás da gestão desses grupos, a empresa faz o sistema funcionar com eficiência, segurança, transparência e dentro das normas exigidas pelo Banco Central

O volume de créditos comercializados via consórcio somou R$ 378 bilhões em 2024, o maior já registrado pela série histórica da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). No total, mais de 11,2 milhões de participantes ativos foram registrados neste mercado no período pesquisado, com 1,7 milhão de contemplações de produtos ou serviços via a solução. Mas uma das dúvidas comuns é: o que, de fato, faz uma administradora de consórcios?

Antes de responder a esta pergunta, é preciso entender mais sobre esta modalidade. Regulamentada pelo Banco Central do Brasil, trata-se de uma forma de acesso ao crédito – também entendida como investimento – para adquirir bens ou serviços. Este grupo de pessoas ou empresas com um propósito em comum requer a figura de uma administradora de consórcios.

Ao contrário de financiamentos bancários, um grupo de pessoas ou empresas contribui mensalmente com parcelas que formam um fundo comum, que será utilizado para contemplar os membros por meio de sorteios ou lances. Ou seja, é um modelo colaborativo e acessível para empresas e consumidores interessados em investir em patrimônio ou expandir seus negócios.

Uma outra diferença importante é o fato de este produto não ter juros, mas, sim, uma taxa de administração para a gestão.

Entendendo o consórcio: seu conceito e regulamentação no Brasil

A Lei Federal nº 11.795/08, que dispõe sobre o sistema, explica a figura da administradora de consórcios em seu artigo 5º: “é a pessoa jurídica prestadora de serviços com objeto social principal voltado à administração de grupos de consórcio”. 

Sua atuação é regulamentada pelo BCB, que atua para:

– Conceder autorização para funcionamento, aprovar reorganizações societárias e fiscalizar todas as operações realizadas pelas administradoras. 

– Definir normas que disciplinam o funcionamento dos grupos, desde a contabilização dos recursos até a prestação de contas e encerramento dos contratos. 

– Fiscalizar as operações e as administradoras.

– Aplicar sanções em caso de infrações, julgar processos administrativos e, em situações extremas, intervir ou decretar a liquidação extrajudicial da administradora. 

A ideia é que essa estrutura, que conta com um órgão externo, traga segurança jurídica tanto às administradoras quanto aos consorciados, dando mais segurança e credibilidade para o setor.

Para que serve uma administradora de consórcios?

A administradora de consórcios é a engrenagem que faz o sistema funcionar com eficiência, segurança e transparência. Para isso, ela precisa constar no contrato como gestora dos negócios e responsável por zelar por seus interesses e direitos.

Nessa lógica, sua principal função é organizar e gerir os grupos, reunindo pessoas físicas ou jurídicas com interesses comuns e garantindo que todos os processos ocorram conforme as normas estabelecidas pelo BCB. 

Ela também atua como intermediária entre os participantes, assegurando o cumprimento das regras contratuais, pela realização das assembleias mensais e pela correta distribuição dos créditos. Também atua para fiscalizar os pagamentos e a evolução dos fundos, administrando essa poupança formada pelo grupo.

Como funciona o fluxo operacional de uma administradora de consórcios? 

Da adesão à contemplação, o trabalho de uma administradora de consórcio envolve várias etapas anteriores à formação do grupo até a entrega final dos bens ou serviços.

1) Antes da formação do grupo:

É o momento de definir as características do grupo: prazo, número de cotistas e valor dos créditos. Isso leva à análise de viabilidade econômica e financeira, conforme as regras de funcionamento e do contrato de adesão.

2) Em andamento:

A administradora de consórcios administra os valores recebidos, com a gestão de adimplência e inadimplência. Ela também responde pela realização de assembleias gerais ordinárias (AGO) e extraordinárias (AGE). Tem um papel importante na comunicação e transparência em relação às finanças e aos sorteios, lances e aplicação do crédito.

3) Após o encerramento do grupo:

Atua no rateio das sobras do fundo comum e do fundo de reserva criados, faz a distribuição de créditos não aplicados e devolve os valores em caso de consorciados não contemplados. É, ainda, a responsável pela gestão de ações judiciais contra inadimplentes.

Ou seja, contar com uma administradora de consórcios com décadas de experiência traz tranquilidade e credibilidade. É preciso ter sucesso na integração de tecnologia, o que amplia a transparência dos processos e o compliance das operações.

Quais são as vantagens de contar com uma administradora?

Para empresas que desejam estruturar grupos de consórcio próprios ou oferecer essa solução a colaboradores e clientes, contar com uma gestora especializada é essencial. 

Por se tratar de uma área segmentada e com operação específica, uma administradora de consórcios assegura conformidade regulatória, segurança jurídica e eficiência operacional em todas as etapas. Isso inclui desde a modelagem do grupo com critérios personalizados – e a sua efetiva viabilidade financeira – até a condução das assembleias, gestão dos recursos e atendimento aos participantes. 

Ou seja, enquanto um negócio foca em seu core business, delega a complexidade e especificidade deste processo a um parceiro especializado, assegurando que seja uma solução estratégica para transformar o consórcio em ferramenta de gestão e crescimento empresarial.

Mais do que gestão: um olhar de longo prazo

Embora seja responsável por gerir grupos, a administradora de consórcios tem papel mais relevante e amplo: atua como agente de confiança, garantindo segurança jurídica, transparência e eficiência em todas as etapas. Em outras palavras, é fundamental para a credibilidade.

Diante desse cenário, vale a reflexão: como sua empresa pode se beneficiar de uma parceria especializada neste produto? Se você já encontrou a resposta, sabe que requer uma empresa especializada para fazer a gestão desses recursos.

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